Foi no dia 3 de Outubro que nasceram os meus bébés
A Madalena nasceu às 9h53, com 2385kg e o Manuel às 9h54, com 2265kg.
Nasceram de 34 semanas e 3 dias, de cesariana, na Maternidade Alfredo da Costa.
Nasceram de 34 semanas e 3 dias, de cesariana, na Maternidade Alfredo da Costa.
Há já algumas semanas que eu estava inchada, vinha a piorar de dia para dia. Os pés e as pernas pesavam muito. Tinha umas manchas grandes na barriga das pernas e entretanto apareceram umas borbulhinhas pequeninas no corpo. Pareciam borbulhas de calor. Tinha ligado à médica que me disse para tomar banho com um gel de banho com PH neutro e pôr pó talco nas borbulhas, para tentar não coçá-las. Porque eu tinha imensa comichão!! As tensões também estava a subir.
No dia 2 de Outubro fui à consulta das 34 semanas. Assim que entrei no consultório a minha médica olhou para mim de uma forma estranha. Bastou mostrar-lhe as pernas e as manchas que tinha para ela logo me dizer que eles tinham de nascer já e que não podiamos esperar pelas 36 semanas. Escreveu uma carta e disse que eu tinha de ir já para a Alfredo da Costa. Mandou-me fazer xixi para uma fitinha, que mostrou que eu já tinha proteínas na urina. Diagnóstico: pré-eclampsia.
Assim que apercebi que eles iriam nascer na MAC, e que não era a minha médica a fazer a cesariana, caí em mim. Comecei a chorar… não foi assim que eu ideializei o parto dos meus filhos. Estava assustada e cheia de medo.
Vim a casa buscar a mala e os kits para a criopreservação e lá fomos para a MAC.
A minha médica já tinha falado com uma médica que estava de serviço e quando lá cheguei já estavam à minha espera.
Fiquei internada na URCI (Unidade de Recobro e Cuidados Intensivos), onde comecei a fazer, via venosa, medicação para baixar a tensão. Recordo que tinha dois enfermeiros de volta de mim e que nessa noite os meus filhos mexeram tanto, como nunca eu os senti.
No dia seguinte, dia 3, pelas 8h30, fizeram-me uma eco, segundo o médico eles estavam bem e prontos para nascer. Eu sempre pensei que eles iriam nascer mais tarde e não passado 1 hora e pouco. Perto das 9h30, vieram buscar-me para o bloco de partos. A epidural não custou nada e passado poucos minutos nascia a Madalena. Vinha de olhos abertos, mas não chorou, não ma mostraram logo, mas deu para vêr bem a carinha dela. Um minuto depois nascia o Manuel, ainda estava dentro da minha barriga e já chorava. Puseram-no perto da minha cara e deu para o vêr bem e dar-lhe um beijinho. Foram os dois para outra salinha, para vestir, serem pesados e aspirados.
Enquanto me cosiam trouxeram-nos junto a mim. Foi um momento rápido, mas deu para os beijar e para os cheirar. Foi amor à primeira vista!!!!
Eles seguiram para a encubadora, só para aquecer e aspirar os líquidos que tinham na barriga e intestinos. Os pulmões funcionavam bem algumas horas depois foram para o berçário. Eu continuava na URCI, as minhas tensões tinham de estabilizar.
O meu marido ligou para a URCI, eram 10h30, e foi nessa altura que soube que tinha sido pai. Este momento é que eu achei bastante impessoal. Mas o importante era estarmos bem. E conseguimos estar na URCI os quatro, porque vinham sempre trazê-los para o pé de mim.
Recordo que no dia seguinte à cesariana fui tomar banho e a minha recuperação estava ser rápida, pensava eu que brevemente passaria para a enfermaria e depois viriamos para casa.
No domingo estimulei o peito com a bomba, para vêr se o leite subia. Fiquei cheia de dores de barriga, disseram-me que era normal, mas à noite tive uma dor forte e uma grande hemorrogia. Fizeram-me logo uma eco, onde viram que tinha coágulos no útero para sair. Puseram-me 3 comprimidos para ajudar os coágulos a sair. Tive imensas dores e contracções. A minha hemoglobina estava a descer e cheguei a sentir-me a desmaiar na casa de banho.
Na 3ª feira, dia 7/10, fiz nova ecografia que mostrou um grande coágulo de sangue e restos de placenta no útero, ou seja o coágulo fazia tampão e os restos faziam sangrar e era isso que fazia a hemoglobina baixar. Tinha de voltar ao bloco para fazer uma raspagem. Eu não queria acreditar. Chorei muito e muita coisa me passou pela cabeça, que iria morrer e que nunca mais iria vêr os meus bébés. Levei uma transfusão de sangue antes da raspagem e outra depois. O meu útero ainda estava grande. As médicas disseram que tiveram de se sentar na minha barriga, para as varas da raspagem chegarem ao fundo útero. Pois não havia o útero de estar grande, eu tive 2 bébés que apesar de prematuros nasceram grandes.
No dia seguinte a hemoglobina subiu e passei para a enfermaria, onde fiquei junto dos meus bébés, que estavam no berçario.
Saimos no dia 11/10. Eles óptimos e eu a recuperar da anemia, tinha a hemoglobina a 8, quando no mínimo temos de ter 12. As proteínas e a albumina também estavam baixas.
Hoje, um mês depois, os valores estão a estabilizar. Tenho de tomar ferro, pelo menos, até ao final do ano, comer em condições, vigiar a tensão.
No dia 2 de Outubro fui à consulta das 34 semanas. Assim que entrei no consultório a minha médica olhou para mim de uma forma estranha. Bastou mostrar-lhe as pernas e as manchas que tinha para ela logo me dizer que eles tinham de nascer já e que não podiamos esperar pelas 36 semanas. Escreveu uma carta e disse que eu tinha de ir já para a Alfredo da Costa. Mandou-me fazer xixi para uma fitinha, que mostrou que eu já tinha proteínas na urina. Diagnóstico: pré-eclampsia.
Assim que apercebi que eles iriam nascer na MAC, e que não era a minha médica a fazer a cesariana, caí em mim. Comecei a chorar… não foi assim que eu ideializei o parto dos meus filhos. Estava assustada e cheia de medo.
Vim a casa buscar a mala e os kits para a criopreservação e lá fomos para a MAC.
A minha médica já tinha falado com uma médica que estava de serviço e quando lá cheguei já estavam à minha espera.
Fiquei internada na URCI (Unidade de Recobro e Cuidados Intensivos), onde comecei a fazer, via venosa, medicação para baixar a tensão. Recordo que tinha dois enfermeiros de volta de mim e que nessa noite os meus filhos mexeram tanto, como nunca eu os senti.
No dia seguinte, dia 3, pelas 8h30, fizeram-me uma eco, segundo o médico eles estavam bem e prontos para nascer. Eu sempre pensei que eles iriam nascer mais tarde e não passado 1 hora e pouco. Perto das 9h30, vieram buscar-me para o bloco de partos. A epidural não custou nada e passado poucos minutos nascia a Madalena. Vinha de olhos abertos, mas não chorou, não ma mostraram logo, mas deu para vêr bem a carinha dela. Um minuto depois nascia o Manuel, ainda estava dentro da minha barriga e já chorava. Puseram-no perto da minha cara e deu para o vêr bem e dar-lhe um beijinho. Foram os dois para outra salinha, para vestir, serem pesados e aspirados.
Enquanto me cosiam trouxeram-nos junto a mim. Foi um momento rápido, mas deu para os beijar e para os cheirar. Foi amor à primeira vista!!!!
Eles seguiram para a encubadora, só para aquecer e aspirar os líquidos que tinham na barriga e intestinos. Os pulmões funcionavam bem algumas horas depois foram para o berçário. Eu continuava na URCI, as minhas tensões tinham de estabilizar.
O meu marido ligou para a URCI, eram 10h30, e foi nessa altura que soube que tinha sido pai. Este momento é que eu achei bastante impessoal. Mas o importante era estarmos bem. E conseguimos estar na URCI os quatro, porque vinham sempre trazê-los para o pé de mim.
Recordo que no dia seguinte à cesariana fui tomar banho e a minha recuperação estava ser rápida, pensava eu que brevemente passaria para a enfermaria e depois viriamos para casa.
No domingo estimulei o peito com a bomba, para vêr se o leite subia. Fiquei cheia de dores de barriga, disseram-me que era normal, mas à noite tive uma dor forte e uma grande hemorrogia. Fizeram-me logo uma eco, onde viram que tinha coágulos no útero para sair. Puseram-me 3 comprimidos para ajudar os coágulos a sair. Tive imensas dores e contracções. A minha hemoglobina estava a descer e cheguei a sentir-me a desmaiar na casa de banho.
Na 3ª feira, dia 7/10, fiz nova ecografia que mostrou um grande coágulo de sangue e restos de placenta no útero, ou seja o coágulo fazia tampão e os restos faziam sangrar e era isso que fazia a hemoglobina baixar. Tinha de voltar ao bloco para fazer uma raspagem. Eu não queria acreditar. Chorei muito e muita coisa me passou pela cabeça, que iria morrer e que nunca mais iria vêr os meus bébés. Levei uma transfusão de sangue antes da raspagem e outra depois. O meu útero ainda estava grande. As médicas disseram que tiveram de se sentar na minha barriga, para as varas da raspagem chegarem ao fundo útero. Pois não havia o útero de estar grande, eu tive 2 bébés que apesar de prematuros nasceram grandes.
No dia seguinte a hemoglobina subiu e passei para a enfermaria, onde fiquei junto dos meus bébés, que estavam no berçario.
Saimos no dia 11/10. Eles óptimos e eu a recuperar da anemia, tinha a hemoglobina a 8, quando no mínimo temos de ter 12. As proteínas e a albumina também estavam baixas.
Hoje, um mês depois, os valores estão a estabilizar. Tenho de tomar ferro, pelo menos, até ao final do ano, comer em condições, vigiar a tensão.
Até agora não acho dificil tratar de 2 bébés. Dá muito trabalho, mas o importante é entrar na rotina. Os meus filhos são calminhos, apesar de muito diferentes.
Ela é morena, cabelo preto e muito espertalhona. Está sempre de olho aberto, a observar tudo à volta. Tem de ser a primeira em tudo.
Ele é louro, pele clarinha e muito calmo. Quase que não chora.
Aumentaram bem no peso e na semana passada ela pesava 3065kg e ele 3045kg. Tinha diferença de cento e poucas gramas, mas ele está quase a apanhá-la.
Ao fim de tantos anos e depois de 5 ICSIS, o nosso sonho realizou-se.
Apesar de ter tido uma gravidez com kit completo (descolamento de placenta, gravidez de alto risco, repouso absoluto, pré-eclampsia e raspagem) estou FELIZ!!!!!
